Bruno, achei um negócio da Clarice Lispector que me lembrou o que você escreveu outro dia no meu blog (uma poesia do Manoel de Barros) e achei que você pudesse gostar:
NÃO ENTENDER Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como eu falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
***
Enfim, eu comungo dessa idéia e entendo cada vez menos as coisas.
2 Comments:
Bruno, achei um negócio da Clarice Lispector que me lembrou o que você escreveu outro dia no meu blog (uma poesia do Manoel de Barros) e achei que você pudesse gostar:
NÃO ENTENDER
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como eu falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
***
Enfim, eu comungo dessa idéia e entendo cada vez menos as coisas.
Beijos,
Bruna
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