sabato, ottobre 23, 2004

Velha Música Nova

Estou prometendo pra mim há tanto tempo finalizar essa música que dá até agonia. Dei um passo adiante que foi gravar uma prévia testando como ficam os dois instrumentos juntos. Como não sou violonista está um pouco porco, mas é uma referência. O cello estou pesquisando os arcos ainda. Tem várias opções de como tocar isso. Não tem nome mas é o meu primeiro duo. Depois escrevo mais. Ouçam e, se quiserem, escrevam.

Duo I

Mostra de Cinema

Fui ver um filme da mostra, "A Música Mais Triste do Mundo". Filmaço. Vai passar de novo essa semana. O diretor é um louco varrido. O compositor de várias músicas, um cara chamado Christopher Dedrick me conquistou com a trilha toda do filme. É um concurso, num bar em Winnipeg, no pós Iª guerra, para escolher aquela que seria a música mais triste do mundo. E músicos do mundo inteiro vão tentar arrebatar o prêmio de 25 mil dólares. E é claro, um dos personagens principais é um Cellista, representando a Sérvia. O diretor dá toda uma ambientação misturando o expressionismo com algo de surrealismo nas ações, nas expressões... tipo o cara tocando cello é completamente absurdo, me lembrou o que seria um picasso de um cellista, porque nem sempre a gente ouve a melodia e aí a imagem toma conta com uma bruta força. O que conta são as expressões faciais e corporais dele, tocando tudo errado, mas de um jeito tão exagerado, pra justificar um pouco do seu perfil "sensível-neurótico". O cara carrega consigo o coração do filho morto num pote de vidro com lágrimas choradas por ele. Tem que assistir, não dá pra explicar direito. É filme que não vai entrar no mercado.

Mas isso é pra dizer que quero tomar uma postura mais ativa aqui nesse blog quanto às minha idéias de músicas e composições. Então, já que estamos falando sobre música triste vou postar a linha de violão de uma das poucas músicas que já me fizeram chorar, há alguns anos. Mas acabei de gravar, e vou botar a letra aqui, pra quem quiser cantar junto. Tem uma introduçãozinha pra dar o momento da entrada da voz. Acho que a letra é do Toquinho, com um arranjo dele pra violão (como peguei de ouvido tá um pouquinho diferente).

Valsa para uma Menininha

Menininha do meu coração
Eu só quero você a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
Fique pequenininha na minha canção.
Senhorinha levada, batendo palminha,
Fingindo assustada do bicho-papão.

Menininha, que graça é você,
Uma coisinha assim, começando a viver.
Fique assim, meu amor, sem crescer,
Porque o mundo é ruim, é ruim, e você
Vai sofrer de repente uma desilusão
Porque a vida somente é seu bicho-papão.

Fique assim, fique assim, sempre assim
E se lembre de mim pelas coisas que eu dei.
E também não se esqueça de mim
Quando você souber, enfim,
De tudo que eu amei.

giovedì, ottobre 21, 2004

Ponto Inicial

Queria ver a vida como um conjunto de palavras, formando períodos, em seqüência frases, com pontos, dois pontos, reticências e pontos finais.

As vírgulas - cada respiro da fala - quem sabe aqueles minutos extras de preguiça numa manhã, ou um átimo de esquecimento.
Os pontos o fim do dia, as luas cheias. E o ponto final? Um xeque-mate? Férias na casa da Avó? Felicidade? Paz? Um tiro a queima roupa? Um não?
Os dois pontos poderiam ser um arco-íris depois de chuva.
As reticências, que sejam aquilo que a gente ainda espera que sejam.

Assim, leria um dia: "Não, não, não... Até que enfim: algo de belo que compense os estragos da vida."

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