Mais Simples
Estou dividindo meu carro com meu irmão. Nos dias em que o empresto, ando de ônibus e, curiosamente, me sinto mais "do mundo". O automóvel particular, mesmo com passageiros a bordo, cria um mundo particular dentro duma bolha, frágil como a de sabão. Em poucas palavras, é o individual versus o coletivo. Mas voltando ao ônibus, ou melhor: voltando de ônibus pra casa, me deparei com uma figura que entrou com um violão, encostou-se na catraca e equilibrou-se. Cantou primeiro "A Volta", de Roberto Carlos e depois "A Terceira Lâmina", de Zé Ramalho.
Ele era afinado e cantava de olhos fechados. Queria tirar uma foto. Ou gravar sua cantoria, por vezes sobreposta aos ruídos urbanos. O chacoalhar do ônibus não atrapalhava o intrépido cantor, que palhetava o violão desgastado. Ele fez da minha viagem algo mais agradável. Dei um real, o último dos últimos que eu tinha. Perguntei seu nome: "Adilson", respondeu. "Adilson de quê?", retruquei. "Adilson dos Santos".
Lembrei-me das minhas cantorias pela Europa, em que não pedia contribuições, mas diferentemente dos músicos que perambulam por lá, tocava (mais que cantava) por prazer. Lá isso é muito comum, em qualquer metrô, praça ou esquina. Em Barcelona os músicos ambulantes têm até uma carteirinha.
Daí vim procurar uma foto aqui no google pra ilustrar o post. Na verdade procurava uma daquelas fotos da minha amiga Maíra, que são incríveis. Se ela estivesse lá faria um ensaio com o cara, imagino. E talvez até já tenha cruzado com ele em algum de seus retornos ao lar. Nada encontrei que me satisfizesse. Mas procurando por qualquer outra coisa em outro momento, encontrei num blog algo sobre um cara chamado Tony Melendez, que toca violão. Um dos "filhos da Talidomida", nasceu sem os braços. Coloco o endereço do blog onde encontrei o link que também posto abaixo com um vídeo sobre ele.

Vídeo em .WMV, para download.
Homepage do Tony Melendez
Blog Rosa Choque
Ele era afinado e cantava de olhos fechados. Queria tirar uma foto. Ou gravar sua cantoria, por vezes sobreposta aos ruídos urbanos. O chacoalhar do ônibus não atrapalhava o intrépido cantor, que palhetava o violão desgastado. Ele fez da minha viagem algo mais agradável. Dei um real, o último dos últimos que eu tinha. Perguntei seu nome: "Adilson", respondeu. "Adilson de quê?", retruquei. "Adilson dos Santos".
Lembrei-me das minhas cantorias pela Europa, em que não pedia contribuições, mas diferentemente dos músicos que perambulam por lá, tocava (mais que cantava) por prazer. Lá isso é muito comum, em qualquer metrô, praça ou esquina. Em Barcelona os músicos ambulantes têm até uma carteirinha.
Daí vim procurar uma foto aqui no google pra ilustrar o post. Na verdade procurava uma daquelas fotos da minha amiga Maíra, que são incríveis. Se ela estivesse lá faria um ensaio com o cara, imagino. E talvez até já tenha cruzado com ele em algum de seus retornos ao lar. Nada encontrei que me satisfizesse. Mas procurando por qualquer outra coisa em outro momento, encontrei num blog algo sobre um cara chamado Tony Melendez, que toca violão. Um dos "filhos da Talidomida", nasceu sem os braços. Coloco o endereço do blog onde encontrei o link que também posto abaixo com um vídeo sobre ele.
Vídeo em .WMV, para download.
Homepage do Tony Melendez
Blog Rosa Choque
