mercoledì, maggio 21, 2008

FIM DA LINHA

Nem precisaria escrever, mas já tem tanta coisa que não precisa de palavras pra se explicar... é só uma indicação de atalho:

Não vou mais escrever nesse blog. Acho que a fase dele acabou. Estou há mais de um ano não tanto mais escrevendo, mas vivendo uma fase de myspace, então lá vai: www.myspace.com/brunoserroni , lá tem as indicações todas dos outros endereços dos quais, de alguma maneira, participo.

Abraços e saudações de um viajante em baldeação.

Bruno

mercoledì, settembre 19, 2007

GatoNegro no Buttina

mercoledì, agosto 29, 2007

venerdì, giugno 29, 2007

Jornalismo e Memória

Talvez façam alguns meses que não assisto o Jornal Nacional. Ainda são William Bonner e Fátima Bernardes o casal anfitrião?

Mesmo assim, quis fazer um comentário sobre uma notícia que li na Folha hoje ou ontem de manhã: é que houve um casal assassinado no Morumbi, foram mortos por bandido(s) na frente do filho, que estava no banco traseiro.

A questão é que no final da notícia estava escrito algo como: "O casal morava em São Paulo há 1 ano e planejava voltar para Pernambuco". Seria esta informação algo relevante? De um ponto de vista, acho completamente desnecessária essa informação. "O casal (ou a família, não me lembro) morava em São Paulo há um ano" sim; é importante dizer de onde eles eram. Mas o complemento... é como se eles somassem uma informação pra gente ficar com pena do casal ou com raiva da cidade, como se em Pernambuco isso não pudesse acontecer.

De outro ponto de vista... esqueci, tinha pensado em algo interessante, mas minha memória afetada por algumas horas perdidas no trânsito de São Paulo me esfumaçaram os pensamentos. Mas era algo a favor do uso da frase final da reportagem.

lunedì, marzo 26, 2007

Show PPD



Ping Pong Dejavu no Café Uranus

Fotos de Silvia Mokreys

mercoledì, marzo 21, 2007

Prova de Amor

Pichado na parte externa do muro dos fundos do Externato onde ensaiamos pro Aprendiz de Maestro:
"diz que me ama?" e na linha de baixo: "aí é mais caro..."

venerdì, febbraio 02, 2007

Tá no Ar!!

lunedì, gennaio 29, 2007

Crianças em Férias

Na verdade, férias de julho de 2006.

Em Trancoso, num restaurante, no Quadrado: "Ô, paiê! Vamos brindar com os pratos!!" Na hora simpatizei com o menino...

Depois, na rua dos artesanatos, uma nativa diz a uma turista: "Trinta e três? Só trinta e três? Eu achei que você tinha uns trinta e cinco, trinta e sete, trinta e nove, quarenta." Que sinceridade cruelmente engraçada...

Dias Felizes

Sim, é uma peça do Beckett, que eu não vi. Eu me lembro do dia mais triste da minha vida. É um só. Simples assim. Houve outros dias tristes, não tantos quanto aquele. Já os dias felizes, houve vários, mas não posso dizer que algum foi tão tão tão especial que marcou como "o dia mais feliz da minha vida". Será que nunca falei nem da boca pra fora essa frase romântica? Se disse, estaria enganado, então? Se não disse, será que ainda há de vir o dia mais feliz? E se vier, não haverá outros mais adiante? Talvez a saída seja mesmo um pouco romântica: tentar fazer com que qualquer dia que não tenda à tristeza seja o mais feliz possível. Por exemplo, hoje acho que comecei bem, mas dificilmente esse dia há de ser tão diferente quanto os anteriores. Um dia normal, apenas.

Só pra Constar

Faz tempo que não escrevo. Frase básica essa. Quando comecei a escrever aqui não existiam YouTube nem MySpace. Nunca mais postei nada em vídeo, mas se for postar, o farei na minha conta do YouTube. E as minhas coisas de audio estou colocando no MySpace. Era a tendência. Eu estava certo de que em algum momento alguém colocaria em prática, de uma maneira tão ampla, tão abrangente, essa idéia de ter as mídias disponibilizadas a qualquer público na net.

giovedì, dicembre 28, 2006

Balanço de Fim de Ano

Precisava escrever algo pra fechar o ano... antes que ele feche!

1 (uma) casa nova
1 (hum) estúdio
2 (duas) trilhas pra comerciais
2 (duas) trilhas pra curtas metragens
4 (quatro) bandas / formações musicais com participação ativa
y (várias) músicas novas
x (alguns) novos amigos
1+1-1 (hum mais hum menos hum) cão e um gato e uma gata desaparecida
1 (hum) reveillón em João Pessoa
1 (hum) jardim com, por enquanto, uma bananeira
§§§ (muita) expectativa pro ano que vem!

sabato, dicembre 16, 2006

faz parte da arte: orçamento para o condicionador de ar do estúdio

São Paulo, 14 de Dezembro de 2006.

N/Nº.: MB-1129 2006


Para: Bruno
At.: Sr(a) Fone/fax n°: 11- 3477-4880
De: Maristela Baron Depto: Vendas
e-mail: brunoserroni@yahoo.com.br
Ref.: Orçamento n°. págs.:03


Prezados Senhores,

Vimos pela presente submeter à de V.Sas., nossa proposta relativa ao fornecimento de produtos, conforme especificação abaixo:


Item Qtde Descrição
01 01 (um) Condicionadores de ar tipo split, marca LG, modelo Hi Wall, capacidade de 6.000 btu/h frio, alimentação elétrica em 220V.
Preço unitário: R$ 1.060,00 (um mil e sessenta reais)


Obs: Os preços acima incluem todos os impostos incidentes em vigor nesta data, bem como despesas de embalagem e frete até o almoxarifado de V.Sas. em São Paulo – SP.
Valores acima não incluem instalação.

Cond. pagamento: Á vista , cheque / dinheiro.
Prazo de entrega: 20/12/06.
Validade da proposta: 05 dias
Garantia: LG: 05 anos no compressor 02 anos nas demais peças, desde que instalado por empresa credenciada e treinada pelo fabricante. A contratação de empresa instaladora não credenciada acarretará na redução da garantia do produto para 03 meses.


Instalação de Split:

Valores:

Item 01: R$ 500,00 por equipamento incluso dreno em PVC.
Suporte para condensadora: R$ 110,00

Cond. pagamento: 20dias.


Disposições gerais:

Por nossa conta (incluso na instalação):

3 Interligação da unidade evaporadora (interna) e unidade condensadora (externa) através de tubulação de cobre com isolação térmica em polietileno expandido blindado.
3 Interligação elétrica das unidades.
3 Instalação da condensadora em local pré-determinado com fornecimento de coxins de borracha.
3 Fixação das unidades interna e externa.
3Fixação da tubulação aparente com abraçadeiras.
3 Furação em alvenaria para passagem das tubulações.
3Teste de vácuo e pressurização das linhas frigorígenas.
3Carga de gás refrigerante Freon® R22.
3Teste de detecção de eventuais vazamentos no sistema frigorígeno.
3Mão de obra de instalação (em horário comercial).
3Demonstração ao cliente do funcionamento do equipamento.
3Garantia de 6 meses.

b) Itens cobrados a parte (não incluso na instalação):

3 Canaletas para acabamento da tubulação aparente.
3Andaimes.
3Suporte para fixação da unidade externa.


c) Por conta do cliente:

3Pontos de dreno junto aos equipamentos.
3Pontos de alimentação elétrica (monofásico ou trifásico) junto aos equipamentos.
3 Serviços de alvenaria (cortes para embutir tubulação e fechamento do mesmo).
3 Furação em viga ou laje para passagem de tubulação, devera ser providenciado.
3Serviços de acabamento, gesso, pintura, marcenaria, serralheria, vidraçaria, caixilhos ou arremates que se façam necessários.

d) É de responsabilidade do cliente:

3Apresentar planta elétrica e hidráulica a fim de certificar a não existência de canos, tubos ou conduítes nos pontos onde serão perfurados.
3Indicar o local exato da colocação dos equipamentos, desde que atenda às normas do fabricante.
3Obter autorização do condomínio para instalação da unidade externa.
3Ao concordar e aprovar este orçamento é imperativo a assinatura no campo “de acordo”, escrevendo também o nome por extenso e legível ao lado.
3Assinar o canhoto da Nota Fiscal na entrega do serviço e notificar imediatamente ao vendedor qualquer irregularidade na instalação ou equipamento.



Agradecemos imensamente pela solicitação. Ficamos no aguardo de sua confirmação.




Atenciosamente, De acordo,





Maristela Baron Bruno
Dep.Vendas
Vendasp@ambientair.com.br brunoserroni@yahoo.com.br
Tel: 11 3826.9177 Tel: 11- 3477-4880

domenica, ottobre 29, 2006

Vida minha vida...

Tem gente que perde a vida antes de morrer. Em geral andam nas ruas, às vezes fazem função de mula. Outras vezes são pequenos, e fazem função de potro. às vezes fazem papel de monstro ou de lesma, quando bebem ou cheiram cola ou fumam crack. Coisa pra bicho nenhum entender. Nem o homem.

venerdì, ottobre 06, 2006

Fanatismo Religioso

Eu já vinha há uns anos me deparando com estranhos outdoors pela marginal tietê. Cheguei até a imaginar que era coisa do Teatro da Vertigem, praquela peça que era encenada dentro do rio. Mas acho que é daquelas igrejas de fanáticos, que definitivamente deram de fazer poesia concreta:

DEIXEM É POVO
MEUS OUTDOORS

mercoledì, settembre 20, 2006

Antes que seja tarde...

Preciso ver alguns admirados cantarem ao vivo: Milton Nascimento, Caetano Veloso (sim... por incrível que pareça), Gilberto Gil, Maria Rita, alguns estrangeiros como Fiona Apple, Bjork, Emilie Simon e Red Hot Chilli Peppers. Ah, mas como essa lista ainda vai aumentar... que medo!

martedì, luglio 18, 2006

Moço, eu sou pureza, moço...

dizia a mulher de quase 30 anos que apareceu na frente de casa, hoje de manhã. Sobravam-lhe alguns quilos, faltavam-lhe alguns dentes e aquela boca, que ela dizia ser virgem relatava "nunca abracei um homem, moço, sou pureza, sou virgem até de boca". Na verdade ela queria 20 centavos pra comprar um pão. Ela dizia que era pro pão mesmo e repetia os mesmos dados, justificando-se "porque eu sou virgem moço, virgem até de boca, nunca abracei um homem, sou pureza, é pra comprar um pão mesmo" e repetia essas mesmas palavras, apenas trocando a ordem dos períodos, mas nunca o significado, que nã me cansei de ouvir. O que me cansou de verdade foi não ser ouvido. Qualquer coisa que eu falasse ela respondia dessa maneira. Era o seu escudo! E a coisa que mais lhe valia. Algo de que ela se orgulhava? Não sei, talvez ela esteja cansada de ser virgem, até de boca, de nunca ter abraçado um homem, de ser pureza.

Eu realmente não tinha dinheiro ali. Se ela quisesse uma caixa d'água, um vaso sanitário, uma porta ou cama eu tinha sobrando dentro de casa. Procurei no carro, encontrei 50 centavos, para minha felicidade e a dela. E eu tentava ir embora, precisava ir embora e ela repetia aquele mesmo texto tatuado em algum lugar dentro dela. Infelizmente não consegui me despedir. Porque ela não se despedia, apenas dizia e dizia e dizia. Fui embora e a vi no espelho tocando a campainha do meu vizinho. Eu estava de saída, vi pelo espelho. Meu vizinho provavelmente não abriu a porta. Eu quase perguntei pra ela se ela nunca havia abraçado o pai dela, mas fiquei com medo de acabar tocando onde não devia.

lunedì, luglio 03, 2006

Era uma vez...


Nos primórdios desse blog, na época em que eu botava trechos de músicas e outras coisas que hoje deixei de fazer, uma figura que encontrei num site. Não lembro o que ela ilustrava exatamente. Era um dos posts lá embaixo. Aí o site saiu do ar. Eu guardei a figura, mas como o blogspot não permitia colocar figuras no seu próprio servidor eu acabei me esquecendo dela. Agora acabei de reencontrá-la. Que linda figura. Uma pena que agora esqueci o nome do autor. Não anotei em lugar algum. Mas que ele, aonde estiver, seja quem for, se sinta orgulhoso por sua arte!

mercoledì, giugno 07, 2006

Muito engraçado

Cara eu acho isso um barato: a minha cachorra come SENTADA!!! E às vezes ela come DEITADA!! Acho que só tenho a foto dela comendo sentada...

domenica, giugno 04, 2006

FOME

eu ia dizer que esse lugar tá tão calado quanto deserto... nesse exato momento meu estômago fala mais alto que qualquer voz, que por mais que seja gritada, não consegue se expressar.

giovedì, maggio 11, 2006

Carta ao Cão

Querido Nanuque,

Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar por ter te trazido pra casa antes dela estar pronta, mas é que se a gente deixa passar a coisa nunca acaba. Às vezes é bom forçar a barra pra que tudo ande mais rápido.
Hoje de manhã você ficou chorando, ontem também, quando cheguei à noite, mas quero que você entenda que isso é passageiro. Você não sabe ainda, mas vai se acostumar. Se eu toda hora que você chorar for ficar contigo, você vai ficar mal-acostumado e, possivelmente, mimado.
Eu, que sou coração-mole, fico doído, mas saiba que é pro seu bem. Aliás você não tem do que reclamar! Está comendo Eukanuba de filhote, tem osso pra você lá, brinquedo, bolinha e até criança pra você morder o nariz quando te encher o saco. E eu estou te levando pra passear todo dia, coisa que nunca fiz nem com minha amada cachorra que morreu num post lá embaixo.
Não consigo imaginar como está sendo difícil pra sua dona, ou outra dona, se ela me permitir dizer - pois não quero cuidar de um cachorro que não seja ao menos um pouco meu - se separar de você assim, sem ter outra alternativa. Saiba que em breve ela vai poder te ver e, segundo me disse, vai passear com você e brincar também.
Saiba, também que, apesar do trabalho que você está me dando, tendo que lavar suas patas e fazer curativo em você todo dia, está sendo muito prazeiroso e divertido te conhecer melhor e conversar com você. Espero que a Silvia também tenha esse mesmo prazer. Sei que terá.
E espero que essa fase complicada passe logo e que possamos conviver como seres humanos (ou cães, se você preferir) na nossa casinha nova, vivendo uma estória bonita.

Um grande abraço do seu novo amigo,

Bruno

domenica, aprile 23, 2006

Meu irmãozinho...


logo logo vou fazer uma música pra você, pequeno serzinho delicado e esfomeado...

sabato, aprile 15, 2006

Dor de Garganta

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mercoledì, marzo 15, 2006

Preciso, porém, de dinheiro

Preciso de Música

domenica, febbraio 26, 2006

Preciso de Mar

lunedì, febbraio 06, 2006

Jamais me esquecerei da minha cachorra,



que cresceu nos meus pés, enquanto fazia experiências sonoras no quartinho dos fundos da casa da minha mãe;
que só não era gente porque nasceu cachorra;
que era admirada por todos os veterinários que cuidaram dela nos últimos dois anos, por sua valentia, simpatia, inteligência e fidelidade;
que era amada pela minha sobrinha, que deve estar feliz por tê-la reencontrado;
que agora pode descansar em paz, merecidamente, depois de uma vida feliz.

giovedì, gennaio 12, 2006

Primeiro Ensaio

Apesar de andar louco da vida pra tocar baixo elétrico seja lá aonde for, desde que haja público, fiz o primeiro ensaio do duo de cello e violão com o Guima, exímio guitarrista amigo meu. A gravação é meio tosca, mas a música é uma das coisas mais lindas que existem neste mundo. E o duo ainda não tem nome, estou aceitando sugestões.

Baixe aqui, clicando com o botão direito do mouse e selecionando a opção "salvar destino como": modinha.mp3

giovedì, dicembre 15, 2005

Foia Verde e Outras Músicas

Projeto Foia Verde está no ar. E hoje tem show de estréia! Clique na figura pra ir pro site.

venerdì, novembre 25, 2005

São Paulo, 174

Sexta Feira de chuva. 174 quilômetros de congestionamento na cidade no fim de tarde. 20 acima da média para o horário. Saio de casa com medo. Vi no jornal vespertino: uma garota baleada na cabeça num cruzamento numa tentativa de assalto. Um menino baleado numa farmácia por bandidos que na verdade queriam matar o segurança. Outra garota baleada por uma daquelas perdidas em tiroteios. Todos morreram. Ainda não morreu a senhora que busca incessantemente há dois anos tratamento pra pressão alta através do Sistema ùnico de Saúde.

domenica, novembre 20, 2005

Post Natimorto

Esse post foi deletado.

domenica, novembre 06, 2005

Canto do Povo de Algum Lugar

Hoje de manhã acordei com essa música linda do Caetano na cabeça. Talvez seja porque os projetos estão andando e em breve darão resultados. Um desses projetos é o de música regional com o Rogério Mendonça, amigo violeiro. As músicas são todas autorais, mas pensei em trabalhar essa música para um possível bis. Apenas instrumental. Na verdade ela será tocada com viola caipira, percussão e o cello, mas gravei agorinha uma versão da maneira como me veio hoje de manhã. No violão, com alguns acréscimos de acordes de passagem. A letra segue abaixo. Clique aqui para baixar o mp3. Pode cantar em cima se quiser.

Todo dia o sol levanta
e a gente canta o sol de todo dia
Fim da tarde a terra cora
e a gente chora
porque finda a tarde
Quando à noite, a lua amansa
e a gente dança venerando a noite

sabato, ottobre 22, 2005

Duas Coisas Insuportáveis

1- O comercial de baixar ringtones clássicos da vivo que passa na Cultura FM.

2- A tal "Festa da Democracia".

Por quê?

1- O comercial, em princípio uma idéia fantástica sobre o fato de Mozart, em mil setecentos e bolinha nunca ter imaginado que um dia sua Marcha Turca viraria toque de telefone celular. "Também na época não existia telefone celular" - diz o locutor. Pobre infeliz. Ele também não sabia que esse comercial perduraria por mais de cinco meses no ar, sem nenhuma atualização, me fazendo mudar de estação cada vez que escuto um bebê chorando seguido da Marcha Turca.

2- A tal festa, porque é um carnaval fora de época. Porque o ministro do Superior Tribunal de Justiça vem um dia antes de um referendo me falar em festa da democracia enquanto deputados decidem que os seus salários aumentarão em vinte e tantos por cento, enquanto tem um monte de CPI assando pizza, enquanto tem um monte de gente que adoraria comer uma pizza nesse exato instante, enquanto eu adoraria votar tantas outras coisas inteligíveis pelo povo.

giovedì, ottobre 20, 2005

Aniversário

Meu blog fez um ano mês passado. Esqueci completamente. Parabéns pra você... nessa data querida! Muitas felicidades... muitos anos de vida! Não me lembro exatamente da curiosidade que o Pablo teve dia desses mas acho que ele tentava descobrir como se cantava "Parabéns pra Você" em Portugal. Encontrei na net as seguintes letras:

Parabéns a você,
Nesta data querida.
Muitas felicidades,
Muitos anos de vida.

Hoje é dia de festa,
Cantam as nossas almas.
Para o/a menino/a _____,
Uma salva de palmas.


Em espanhol, encontrei esta:

Cumpleaños feliz,
Te deseamos a tí,
Y que cumplas muchos años,
Muchos años feliz.


Parece que o segundo refrão pode ser assim:

Que repartan el cake,
Que repartan el cake,
Que tenemos mucha hambre,
Que repartan el cake.


Em Italiano parece ser assim:

Tanti auguri a te,
Tanti auguri a te,
Tanti auguri, fulano...
Tanti auguri a te!

giovedì, ottobre 06, 2005

Mais Simples

Estou dividindo meu carro com meu irmão. Nos dias em que o empresto, ando de ônibus e, curiosamente, me sinto mais "do mundo". O automóvel particular, mesmo com passageiros a bordo, cria um mundo particular dentro duma bolha, frágil como a de sabão. Em poucas palavras, é o individual versus o coletivo. Mas voltando ao ônibus, ou melhor: voltando de ônibus pra casa, me deparei com uma figura que entrou com um violão, encostou-se na catraca e equilibrou-se. Cantou primeiro "A Volta", de Roberto Carlos e depois "A Terceira Lâmina", de Zé Ramalho.

Ele era afinado e cantava de olhos fechados. Queria tirar uma foto. Ou gravar sua cantoria, por vezes sobreposta aos ruídos urbanos. O chacoalhar do ônibus não atrapalhava o intrépido cantor, que palhetava o violão desgastado. Ele fez da minha viagem algo mais agradável. Dei um real, o último dos últimos que eu tinha. Perguntei seu nome: "Adilson", respondeu. "Adilson de quê?", retruquei. "Adilson dos Santos".

Lembrei-me das minhas cantorias pela Europa, em que não pedia contribuições, mas diferentemente dos músicos que perambulam por lá, tocava (mais que cantava) por prazer. Lá isso é muito comum, em qualquer metrô, praça ou esquina. Em Barcelona os músicos ambulantes têm até uma carteirinha.

Daí vim procurar uma foto aqui no google pra ilustrar o post. Na verdade procurava uma daquelas fotos da minha amiga Maíra, que são incríveis. Se ela estivesse lá faria um ensaio com o cara, imagino. E talvez até já tenha cruzado com ele em algum de seus retornos ao lar. Nada encontrei que me satisfizesse. Mas procurando por qualquer outra coisa em outro momento, encontrei num blog algo sobre um cara chamado Tony Melendez, que toca violão. Um dos "filhos da Talidomida", nasceu sem os braços. Coloco o endereço do blog onde encontrei o link que também posto abaixo com um vídeo sobre ele.



Vídeo em .WMV, para download.
Homepage do Tony Melendez
Blog Rosa Choque

domenica, settembre 25, 2005

As Quatro Estações

Minha mãe me disse estar entrando no outono da vida...
Quando eu tinha 2 ou 3 anos de idade, recém iniciada minha primavera, ela me levou à casa de uma senhora que estava em meios de inverno, com rugas muito profundas na face. Eu, com medo, de trás de algum móvel, disse à minha mãe: "ela está se quebrando..!" Aquela senhora ouviu e, diz minha mãe, chorou, mas não de tristeza.

venerdì, settembre 02, 2005

O Fabuloso Comportamento Canino

Dia desses vi, muito de relance, um mendigo com seu cão. Mas esse era diferente, andava na coleira. O cão andava na coleira. Não era daqueles catadores de tralhas, era um daqueles barbudos sujos e rasgados. Mas, do que me interessa mais no momento, que é o fabuloso comportamento canino (depois vou escrever algo sobre o comportamento dos moradores de rua), pensei em algo interessante: quando um cão adota um dono, ele nem precisa andar de coleira. Ele sempre volta pro dono. A não ser que se perca na selva urbana, em que deve ser mais difícil farejar lugares e pessoas, porque tem muito mais de tudo.

Digo... mas por quê ele se perderia? Acho que depende do dono. Aonde quero chegar? É que o mendigo-nômade tem muito mais o perfil canino do que nós, que moramos em casas-família com nossos cães e saímos com eles a passeio exatas duas vezes por semana em horários pré-definidos pela nossa agenda eletrônica. O mendigo passeia com seu cão durante a maior parte do dia: o cão faz parte da sua rotina diária na rua e da nossa não. Talvez seja por isso que alguns cães de família fujam. Talvez eles estejam buscando sua natureza maior.

Abaixo, link para o blog da Maira, em que dentre mil textos e fotos fantásticas tem uma de Robson Oliveira, super a ver com esse assunto, que ela publicou junto de um post entre os dias 04/09/2005 e 10/09/2005, basta clicar no histórico. O endereço dela é www.cantosilencioso.zip.net

venerdì, agosto 12, 2005

Fábrica de Grooves

Eu também quero ter uma. Ontem assisti Bojo. Em alguns momentos, eu não sabia que instrumento estava tocando o que. A formação era baixo, samples, batera e teclado/voz, além de uma canja da Maria Alcina em três músicas. Comprei dois cds dos caras, mas eles têm dois discos mais que estão fora de catálogo disponíveis pra download no site - www.bojo.com.br - ainda não entrei no site, mas se for como a banda... experimentem baixar "Mundo sem Música" do disco "Carlos", de 2001.

giovedì, luglio 28, 2005

Chega de Saudade...

... a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai.

De volta ao lar.
Ouvindo a gravação de um showzinho que fizemos em Colle Val D´Elsa, na Itália, feito em gravadorzinho de psicólogo ou radialista aprendiz.
Que divertido!
Será pecado querer mais prazer na vida? Mais do que já temos?
Será que merecemos nossos prazeres?
Ou existirá o medo de sentir prazer?
Ou o medo de aceitar sofrimento?
Será sofrimento?

martedì, giugno 21, 2005

Zoológico

Hoje fui passear no zoologico de Berlim. Vi muitos bichos, é claro, quase todos confinados, em cópias de seus habitats naturais. Gostei muito do urso branco nadador, ele fazia uma volta na piscina igual aos atletas olímpicos. Foi gostoso também brincar com as ovelhas, e também ver criancas brincando no parquinho. Só nao gostei de ve-las gritando em alemao pros lobos e patinhos... se ainda fosse em portugues, quem sabe... e também vi um menino babando numa cadeira de rodas, completamente fora do mundo. Digo, aparentemente fora, porque nao sei o que se passa em sua (in)consciencia. Só sei que se fosse pelas leis da natureza ele nao estaria vivo. Só está pelas maos dos homens e digo isso porque aqui na europa a discussao sobre temas polemicos relacionados a area de pesquisa e medicina é mais intensa.

Nao quero diyer que sou contra ou a favor da sobrevivencia do menino-vegetal na cadeira de rodas, talvez eu tambem nao fosse selecionado pelas leis naturais, nao fosse a interferencia humana, como por exemplo quando quase morri com principio de miningite aos 2 anos de idade. Ao mesmo tempo em que a natureza seleciona, ela também nos induz a lutar ferozmente pela sobrevivencia. E é isso que fazemos nós humanos todos os dias.

Na Italia, semana passada, foi dado à populacao o direito de votar num referendo contra ou a favor de 4 leis que em resumo autorizavam a pesquisa com células embrionárias, o uso de espermatozóides sem conhecimento de quem é o doador, a liberacao do aborto em alguns casos e o uso de mais de 3 espermatozóides na fecundacao in vitro.

Só o fato de estarem votando abertamente questoes como essas já é maravilhoso, mas o problema é que houve uma intensa campanha (principalmente da igrja católica) para que a populacao NAO fosse votar. Vi cartazes em todas as igrejas que visitei e palfletos sendo colocados nos limpradores de parabrisas dos carros. Porque caso nao houvesse 50% + 1 da populacao nas urnas durante aqueles dois dias de votacao as leis simplesmente continuariam as mesmas. O que aconteceu no final foi que 18% da populacao total do país foi às urnas. Desse total quase 90% votou sim pras 4 questoes em discussao. O mais impressionante na verdade é o número de pessoas que nao exerceu o seu direito de dizer sim ou nao. Que esses 82% fossem às urnas dizer nao seria uma prova real de consciencia sobre as conquistas que tivemos nas últimas décadas, fruto de luta e sofrimento de muitos dos nossos genitores.

Um dia tive com um amigo um ligeiro papo sobre essa artimanha da "abstencao", que acontece bastante no Brasil. Meu amigo, que trabalha no congresso, me disse que às vezes elas acontece também no intuito de evitar certos absurdos que estao pra ser votados e decididos pelos nossos caríssimos governantes. Mesmo assim, abomino esse tipo de comportamento. Abster-se por conviccao é uma coisa, abster-se concordando com politicagem é outra.

giovedì, giugno 09, 2005

Munch

Se um dia me perguntarem pra que praia nunca fui mas gostaria de ir, responderei: "uma daquelas de Munch".. Estou procurando aquela, especialmente, que me chamou a atençao na exposiçao em Roma, mas o Google nao encontra. Obs: encontrei, no site oficial. Tem vários outros lugares arrepiantes, o melhor é ver a pintura ao vivo, mas paciência.... não é sempre que tem uma exposição de Munch por aqui. Em inglês, "Young Woman on the Beach"



Segue uma outra, a mulher talvez seja a mesma jovem: em inglês, "Moonlight by the Sea".

sabato, giugno 04, 2005

TPM

Ontem, aqui em Roma encontrei o Lucas e a Renata, que estavam em Lua de Mel. Depois de assistirmos a um duo de piano e violino, fomos comer uma pizza e a garconete que pos a mesa estava num mal humor desgracado. Na hora nao me ocorreu, mas imaginei, depois, que ela pudesse estar ou com TPM ou colica menstrual. Me lembro que acho que a Silvia me disse um dia que deveria existir um feriado pra esses dias da mulher. Como um feriado de um dia, movel, pra todas as mulheres que comprovadamente sofrem de colica menstrual, garantido por lei.

venerdì, maggio 27, 2005

EUROPA

Sim, também é o nome de um filme fantástico, mas acho que eu não preciso dizer muito mais. Apenas que no dia 31 de maio, às 23:40 (se não houver atrasos decorrentes de vinganças da natureza ou de terroristas), eu vou literalmente, emocionalmente, artisticamente, ansiosamente, vooooooooaaaaaaaar.

domenica, maggio 15, 2005

Festival da Cultura

Vamos torcer pra que esse festival seja sério mesmo. Tem muita gente boa que eu conheço que se inscreveu. Faz tempo que não escrevo aqui no blog. Mas esse post vale pelas semanas caladas porque ele é uma música. A letra deve estar lá embaixo em algum canto do blog com o nome de "Vereda do Novo Dia" e agora veio o impulso de gravar pro festival, um pouco como uma desculpa pra gravar pra mim mesmo. E pro mundo e pra vida, pro futuro, pro passado que um dia virá. Quanta filosofia de bar... adoro! Adoraria ter conhecido pessoalmente o Raul Seixas. A minha música se chama
"Enveredar-se" É só clicar. Gravei no estúdio com o Célio, que gravou o piano e o baixo. Eu gravei violão, cello e voz (que será substituida futuramente pela de um cantor de verdade).

ADENDO: o servidor onde coloco meus arquivos do blog não deixa baixar mais de 2 mega, então não vai funcionar esse link aí de cima. Se quiserem ouvir a música, me escrevam brunocello@hotmail.com que mando um mp3 via e-mail.

sabato, aprile 16, 2005

José

Pra não citar aqui o nome inteiro, José é um dos meus meninos preferidos lá na Febém. Desde que chegou, sempre sorridente, me mostrou suas músicas, seus poemas (ele escreve vários todos os dias) suas idéias, seu orgulho em se manter longe de drogas e seu coração faminto. Numa brecha, em meio a uma conversa após a aula, ao sol, descobri que o delito cometido por ele foi homicídio.

sabato, aprile 09, 2005

Canção do Gás

Curioso o fato da Feira Livre ter uma música com esse nome e que, no refrão, faz referência àquela melodia do caminhão do gás (se fosse em do maior seria do, sol... do, ré 8ªacima, lá....). Digo isso porque desde há uns 2 anos de idade (ela tem 5)minha cachorra uiva, longamente, cada vez que o caminhão toca essa música. Tento imaginar o que se passa, que lembrança que vem, que sensação ela tem, se é alguma freqüência incômoda, se é o timbre da melodia...

giovedì, marzo 17, 2005

Descomemoração

Hoje minha sobrinha Isabella completaria 6 anos de idade, se estivesse viva. Pus uma foto dela na geladeira. Olhei pro céu e não disse nada, nem pensei em nada, como se procurasse, sem sucesso, enxergar o invisível.

domenica, marzo 13, 2005

Saúde Pública

Fugindo um pouco do assunto chave desse blog, que é a música e suas derivações, queria contar um pouco da minha experiência de ir tomar soro num hospital público. Resumindo meu histórico de saúde, a cada 5 ou seis meses tenho alguma crise gastro-intestinal que me atormenta há alguns anos. Essa fragilidade se deve em parte à minha genética e em outra parte às influências puramente emocionais que se descarregam nessa parte do meu corpo.

Mas o que vem ao caso é que, apesar de ter plano de saúde e sempre ter procurado pronto-socorro particular pra ser atendido, não me lembrava onde havia hospitais próximos à minha nova casa. Só me lembrava de um, que ficava na rua Castro Alves, o Hospital Municipal do Servidor Público.

Chegando lá me dei conta disso e perguntei sobre a demora pra ser atendido. Não tinha muita gente, eram 4 da manhã. "Um pouquinho" o rapaz da recepção me respondeu. Preenchi a ficha. Meia hora depois fui atendido por uma médica, cujo sotaque goianense me acalmou. Eu não conhecia o sotaque de Goiânia, até perguntar de onde ela era.

Dá pra ver que um hospital como esse não pode ter como prioridade o acabamento de pintura nas paredes, a conservação de materiais oxidáveis e nem a substituição completa de lençóis manchados de sangue (mas com certeza lavados). Eles devem se ater ao mínimo de pessoal para atendimento, medicamentos como o soro e o plasil que eu tomei e pagamento de contas de luz e água pra continuar funcionando na madrugada.

Ontem fui à uma festa e, saindo dela, nos deparamos eu e a Silvia com um menino caído no chão chorando, com sangue seco nas mãos e a camiseta manchada com algumas gotas, talvez de sangue também. Isso perto do ponto final de ônibus da 9 de Julho, moleque de rua, podia até ser um golpe, mas não ligamos muito pra essa hipótese. Pensei: vamos levá-lo pro mesmo hospital onde tomei o soro pra ver se não tem nada grave.

Sábado à noite, hospital cheio de gente no corredor tomando soro, alguns tomando glicose, alguns ataques e reações ao álcool e outras drogas. Faço cafuné no menino e descubro que, apesar da aparência infantil, ele têm 11 anos e mora desde os 6 na rua. "Se bobear, ele passa a perna em mim e em você juntos ao mesmo tempo", me disse a médica (não aquela de goiânia que me atendeu na terça feira). "Talvez esse sangue não seja nem dele", disse ao limpar o possível ferimento. Dei uma camiseta minha pra ele, que lavou também as mãos, apesar de estar inteiro encardido.

Ao sair, levaria ele de volta pro centro da cidade e, antes de entrar no carro, dei a ele 3 reais, pra ele comer alguma coisa. Quase 5 da manhã, passa uma senhora carregando 4 sacolas e vê a cena, esbravejando: "eu conheço esse moleque. Se quer que ele coma compra você mesmo a comida porque senão ele vai gastar tudo em cola." Aí me dei conta, mas também já tinha dado o dinheiro. Paramos num posto, eu e a Sil. Ela comprou um pacote de bolachas e um suco de canudinho. Fiquei nesse percurso falando pra ele tentar procurar as pessoas boas, que não se metiam com drogas, que não cheiravam cola. Ele disse que um saquinho de cola custa 1 real. Não sei enxergar o tamanho do crime que é vender cola pra uma criança.

Deixamos o menino perto do Teatro Municipal, que ironia, lá ele já conhecia o terreno. Deve conhecer bem melhor que eu... está lá há mais de 5 anos. Acho que ele só queria mesmo um pouco de atenção. E mesmo que ele compre 3 saquinhos de cola com o dinheiro que eu dei pra ele, fico feliz dele ter passado por essa experiência conosco. Uma pena que tudo provavelmente continuará como está e existe uma grande chence dele se tornar mais um personagem daquele documentário "Onibus 174".

giovedì, marzo 03, 2005

Ensinando Música



Por mais que na maior parte do tempo ensinar música pros moleques da febem seja desgastante e que eu esteja cometendo alguns enganos durante esse processo inicial, às vezes me deparo com certas pérolas, como uma cena que me pareceu filme americano, do professor que tem que se adaptar a uma realidade distante da dele pra conquistar os alunos. Como eu poderia ensinar o que é aquele número que vem depois da clave no pentagrama, o número de "pulsos por compasso"? O garoto chega e me diz: "não entendi isso, esse número aí", eu chego perto dele e peço pra ele cantar alguma música que goste, ele canta um rap e, como era de se esperar, o ritmo é ideal pra se exemplificar fórmula de compasso. Eu entro, então com uma contagem de 4 pulsos em cima da voz dele. Não sei se ele entendeu de verdade, mas que talvez eu tenha conquistado um aluno, ao menos por enquanto, eu conquistei. Só que por enquanto o investimento está sendo bem alto: aulas de manhã e dor de cabeça o resto da tarde, até me encher de paracetamol. E um pouco de medo de rebelião à luz do dia.

mercoledì, febbraio 23, 2005

Re-Percussão

Até hoje a vizinhança tá me olhando torto... àqueles que visitam meu blogue e que foram à minha festa, meus sinceros agradecimentos pelo chute na rotina do meu quarteirão.

giovedì, febbraio 17, 2005

Argh...

Chega de Frontal... vou tomar um suco. E depois vou tocar cello até os dedos esfolarem. É uma pena que nem respirar como buda nem socar a parede não sare ansiedade. "O que há de errado com meu coração?"... talvez alguns pastores evangélicos me ajudassem. O que há de errado com sua razão, Bruno!? Minha razão é que foi pro saco. Meu coração é inocente. Sendo assim não preciso de pastores. Preciso de paz de espírito. Pra parar de falar merda. Ou bosta. Parar de prometer o improvável. Pare você, é! Você mesmo, pare de ler agora já esse texto. "Pare o mundo que eu quero descer!"... que bosta, pareço criança, foda-se! Aliás, crianças são lindas! Quem sou eu pra falar de criança? Quem dera fosse uma, atuando naquela peça "Avoar"... parece que não aprendi nada com a peça. Sou burro, portanto. Dãh... imbecil. Pára de falar merda. Segunda vez que eu falo. Além de burro é surdo. Quem dera fosse mudo. Mudo de pensamento. Mudasse de pensamento. Mundo de pensamento, é esse o de verdade? Não, não é esse. Eu devia me deixar pensando sozinho. Chega.

mercoledì, febbraio 02, 2005

FESTA!!!

Meu aniversário é dia 5, mas a festa é dia 12. Se precisarem saber qualquer coisa me liguem 99400933 ou mandem e-mail pra brunocello@hotmail.com. Vou estar desde o meio dia esquentando a churrasqueira e as válvulas dos amplificadores. Mas a festa vai até o outro dia. O convite, por enquanto é esse aí embaixo. Seria legal se a Belzinha estivesse por aqui pra me dar umas idéias, mas eu acabei encontrando essa tela bacana do 24 horas.

martedì, febbraio 01, 2005

Brainstorm

Em Cabuquira, final de 2004, no meu caderno:

Aonde estamos? Saudades da Sil. Pessoas doces me rodeiam. E as amargas também. Eu amo cachoeira. O corpo é frágil e único. A mente é frágil e só. 01/01/2005 são números. Hoje a casa não acordou de ressaca, só as pessoas. Pra onde vai o buraco negro da nossa cabeça? Eu poderia reescrever o "poema para a voz em minha cabeça" de "cale-se", para "fale, mas com cuidado". São Paulo é uma merda de cidade. Mas é uma merda nutritiva. Será que eu vou sair de mim mesmo? Por quê matamos bichos insetos?

Além disso um pequeno pensamento de verão: "o verão é bom, pois podemos tomar banho frio. Assim como o corpo vestido, que está fadado ao desnude."

domenica, gennaio 23, 2005

O Contrabaixo

Descobri que está em cartaz uma nova montagem dessa peça, escrita por Patrick Suskind, que ficou conhecida por uma primeira montagem com o Abujamra em 80 e alguma coisa. Esse autor escreveu "O Perfume" entre outros livros legais. Mas eu só li esses dois mesmo. E dessa montagem atual encontrei uma foto. Só que é em BH. Se por algum milagre alguém que ler meu blogue for pra lá ou for de lá, assista e me conte como foi.


O CONTRABAIXO - Teatro Sesi/Holcim, rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, (31) 3241-7181. Sexta e sábado, 21h, domingo, 20h.

sabato, gennaio 22, 2005

Para a Lua dia 31/12/04

Branca esfera, tão calma, tão bela...
Estás vestida para o reveillón?

giovedì, gennaio 20, 2005

Bruno

Desapegue-se. A vida é um estado.

domenica, gennaio 16, 2005

Isabella

Não adianta. Preciso colocar uma foto da minha sobrinha aqui. Junto com um texto que minha mãe recebeu de uma amiga que perdeu dois filhos. O texto é de Sto. Agostinho de Hipona.

"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro, ainda o somos...
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou,
sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por quê eu estaria fora dos teus pensamentos,
apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe,
somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem...
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas,
e se me amas,
não chores mais."

giovedì, gennaio 13, 2005

Vereda do Novo Dia

(fiz essa música no primeiro dia desse ano, de manhã, assim que acordei. acho que por isso ela significa mais pra mim que outros escritos do meu caderno. vou gravar e postar o áudio assim que possível)

Clareia o ano, é um novo dia
Mas os pássaros cantam igual
Um sentimento que eu não queria
Dorme bem no meu quintal

Sinceramente eu não sei dizer
Pra onde foram os meus caquis
Se se esconderam num mar sem fim
Se desplantaram do meu jardim

Canta pra mim como a lira ecoa
Dos anjos que tocam o amor
Pra ver chover bem devagarinho
E as flores trocarem de cor

Sinceramente eu não sei dizer
Pra onde foram os meus caquis
Se se esconderam num mar sem fim
Se despencaram quando eu dormi

Chove de novo nas minhas folhas
Pra ver se nasce um cordel
Que conte estórias como essa e outras
De enveredar-se nos céus

Sinceramente eu não sei dizer
Pra onde foram os meus caquis
Se se esconderam num mar sem fim
Ou estão debaixo do meu nariz

venerdì, gennaio 07, 2005

Sem Palavras

As pessoas um dia se vão, assim como um cônjuge acorda mais cedo que o outro ou o filho acorda bem antes e fica brincando sozinho até se entediar e acordar os pais. Mas às vezes as pessoas se vão bem mais cedo do que a gente espera. Minha sobrinha era a paixão da minha vida. Ela era um pouco minha filha, assim como foi a primogênita de muitos de nós da família. Meu primo me disse que ela era um anjo, então Deus quis que ela ficasse perto dele. Isso significa que se não se tem fé em qualquer coisa que seja, qualquer deus ou mundo ou força misteriosa que reja a vida e a morte, não se terá consolo nunca.

Por quê precisa ser tão cruel? Por quê um acidente de carro? Por quê cada vez, cada dia, que eu olhar pra um carro forte, eu vou tremer os ossos? Porque as pessoas simplesmente não dizem "estão me chamando"... Às vezes eu gostaria de estar naquele carro, pra poder cuidar da minha sobrinha, esteja ela onde estiver ou não. Mas pra quem fica aqui a dor é bem mais eterna. E esses precisam de cuidado. Eu, meu irmão, minha mãe, minha vó, meu pai, minha família, que perdeu sua jovem dama do jogo de xadrez. Eu a chamava de chuchu. E ela ria.

mercoledì, dicembre 22, 2004

Apaguei

esse post sem querer, merda.

sabato, dicembre 18, 2004

Caixinha do Lixeiro

Final de ano me vem essa sensação mais forte: esses caras são verdadeiros heróis! Que trampo do cão recolher nosso lixo todos os dias... Faz uns dias eles vêm cantando e gritando "óóóóóóólha o lixeeeeiro!" "óóóólha a caixinha de natal!" E fazem a maior algazarra e eu acho um barato, quando tudo isso se mistura com o barulho do alarme do caminhão que entra de ré porque minha rua é sem saída. Já gravei o som, só que tenho que postar e aí dá um trabalhinho...

Dei 5 reais de caixinha. Mudei em outubro pra minha casa nova e, mesmo assim, ando com dinheiro contado. Mas será ótimo se a prefeitura usar a grana da taxa do lixo pra tudo aquilo que foi planejado e for necessário.

Balanço Musical Geral II

Amanhã à noite a Feira Livre vai gravar uma "pré" do disco, em estúdio, ao vivo. Fico extremamente satisfeito com isso, porque será a prova física (porém não palpável) dum trabalho que vem sendo desenvolvido com mais afinco ao longo dos últimos meses. O quanto botar de esperança nesse trampo? Isso é o que essa prévia vai dizer, por meio das pessoas que escutarem, por meio de mim mesmo e da banda.

Tocar já foi de brincadeira. Ainda é às vezes, mas em outras ocasiões, que não envolvem comprometimento. Mas gosto quando os outros brincam com música. É maravilhoso que um trabalho possa também ser de brincadeira. Já pensou se um engenheiro constrói um túnel de brincadeira?

mercoledì, dicembre 15, 2004

Balanço Musical Geral

No ensaio de segunda fui falar com o maestro João Mauricio. Mais precisamente agradecê-lo pelo ano que se passou, em que aprendi tanta coisa em música. Nunca tinha tocado em orquestra e é uma escola maravilhosa. "Você é bastante didático, explica tudo muito bem" eu disse. Não me lembro exatamente da resposta dele, mas senti que ele via essa carreira como sua melhor qualidade, quem sabe em detrimento da carreira de músico de orquestra (violista, que ele é - já tocou na Osesp e tal mas parou de estudar faz uns anos).

Um dia ele tocou nessa orquestra da qual hoje faço parte. Há uns 20 anos, não sei ao certo. Devia ser mais novo que eu, mas fico pensando qual futuro ele imaginava pra si naquele momento.

mercoledì, dicembre 08, 2004

Poema Recém Nascido

Ele era um bebê saudável
Uma criança feliz
Um menino serelepe
Um moleque peralta
Um adolescente enrigecido
Um jovem indeciso
Um rapaz, porém, sóbrio
Um homem triste
Um adulto sisudo
Um quarentão sabichão
Um homem de meia idade
Um tiozinho saudável
Um senhor, porém, desrespeitado,
num mundo esquecido
Um velho sozinho, esquecido
tal qual o seu mundo,
aquele em que ele viveu e morreu.

mercoledì, dicembre 01, 2004

Show da Feira

Vamos gravar em janeiro, porém, já preparamos com antecedência o repertório do CD, que será apresentado em primeira mão nesse show dia 07/12. Olha só o flyer aí embaixo:


giovedì, novembre 25, 2004

Algo me Diz

Um certo desconforto me diz que estou escrevendo sobre coisas que não quero escrever. Vou pensar sobre isso.

domenica, novembre 21, 2004

Tempo é Dinheiro?

Ando meio cego e perigando ficar surdo. Quem me ajudou a perceber foi a Ana, colega de morada. Ela andou prestando atenção nas frases que eu escrevia na lousa da cozinha e constatou uma causa da minha inquietude. A primeira frase foi extremamente longa, como que numa brincadeira pra encher a lousa de palavrinhas, ao invés de ser sucinto. Algo assim "A frase do dia é algo que não pode ser muito longo pra não se perder muito tempo nem ao ler nem ao escrever, já que tempo é uma agulha no palheiro em tempos de crise econômica, etc etc...". A segunda frase, foi "e se o Silvio Santos dissesse -Quem quer pentelhooo...!" E a última foi "O artista tem de ir aonde o dinheiro está. (Gilson do Cimento)" Enfim, frases aparentemente do tipo brincadeira sem graça, mas se eu enxergasse melhor, prestasse mais atenção e me ouvisse mais, eu constataria que o meu problema é o trabalho.

1- Trabalho, querido, gostaria de conhecê-lo melhor. Ficar com você durante várias horas num dia e depois dias sem te ver não trará bons resultados ao nosso relacionamento.

2- O que eu faço com um possível período reservado de 5 ou seis horas pra me dedicar à música se demoro meia hora pra escrever três linhas de uma melodia? E mais meia hora pra ler. Três horas num ensaio, três em outro. Tenho que escolher com qual dos meus colegas de profissão (profissão, hahaha) vou começar um trabalho que nunca vai começar. E qual trabalho gera prazer? Físicos, me ajudem!!!

3- Sinceramente eu deveria abandonar tudo e ir estudar administração de empresas.

mercoledì, novembre 17, 2004

Vento

Que sentimento misto de culpa e irresponsabilidade esse de não cumprir com aqueles compromissos que ainda nem foram agendados! Parece papo de executivo, mas sabe aquelas pessoas todas que vc promete pra si mesmo que vai encontrar pra fazer algo importante pra sua vida e pra delas também e que vão se acumulando numa lista em papel feito de resto num canto qualquer, até que o vento a leve embora, sem deixar vestígios? Pois é esse mesmo vento que, de quando em quando, traz de volta o sentimento.

lunedì, novembre 08, 2004

Momento de Descontração

Vou aproveitar a brecha das vacas e contar uma história curta. Tava descendo de ônibus a Consolação, pelo corredor da Marta e no terceiro ou quarto ponto li o nome da parada: Dna. Antª de Queirós. É comédia ou não é?

lunedì, novembre 01, 2004

Início do Windows

Um presente pra quem acha a vinheta de início do Windows enjoativa: gravei essa música pra uma trilha que não vai mais ser usada, então posso pôr aqui. O pandeiro é do Pablão, a vaca é o meu cello e os efeitos gravamos juntos. É bem mais divertida que a original só que tem que transformar em .wav pra tocar. Após a conversão, entre em "Control Panel" e "Sounds and Multimedia". Ali você escolhe todos os sons do Windows. Clique na figura pra baixar.

sabato, ottobre 30, 2004

Obrigado

Coisa constante no dia a dia é dizer "obrigado" após ser atendido pra tomar um café ou coisa do gênero. No meu dia a dia, há tempos percebo que em boa parte das vezes não recebo de volta um "de nada", ou "por nada" ou coisa que o valha. Quase sempre fico incomodado. Isso há anos. E recentemente pensei que talvez eu é que estivesse dizendo "obrigado" num volume muito baixo, que não conseguiria penetrar na atenção do atendente que, em geral, se volta a muitas funções ao mesmo tempo. Ainda não consegui, por falta de costume, dizer "obrigado" num volume planejado, bem de acordo com o ruído ambiente e com o estado do atendente. Daqui a algum tempo vou constatar o quanto a falha é minha e o quanto as pessoas realmente não estão de bem ao longo do dia.

venerdì, ottobre 29, 2004

O Peso da Minha Casa

Estive, durante os meus últimos dias, de mudança. Do meu ap, em que morei 13 meses, pruma casa, em que morarei mais alguns. Aí que nos 4 cômodos da minha casa tinha tralhas e mais tralhas, além de algumas coisas úteis. E quando veio o caminhão carregar tudo perguntei qto peso ele levava. "Umas 2 toneladas, no máximo" disse o motorista. "Isso, contando o baú, que pesa uns 500 quilos", completou.

Durante o trajeto, em que o caminhão foi me seguindo, vagarosamente, por ser um daqueles caminhões pequenos e estreitos, adaptados a um baú mais largo que o corpo, pensei no peso das minhas coisas, dos meus objetos: de um enfeite de arame a um caixote cheio de louças. E penso, agora, no peso da minha consciência, que carrego o dia inteiro comigo e cuja tara* ainda não calculei.

*peso do prato vazio na balança

Post Scriptum: sinceramente eu esperava um pouco mais desse texto.

sabato, ottobre 23, 2004

Velha Música Nova

Estou prometendo pra mim há tanto tempo finalizar essa música que dá até agonia. Dei um passo adiante que foi gravar uma prévia testando como ficam os dois instrumentos juntos. Como não sou violonista está um pouco porco, mas é uma referência. O cello estou pesquisando os arcos ainda. Tem várias opções de como tocar isso. Não tem nome mas é o meu primeiro duo. Depois escrevo mais. Ouçam e, se quiserem, escrevam.

Duo I

Mostra de Cinema

Fui ver um filme da mostra, "A Música Mais Triste do Mundo". Filmaço. Vai passar de novo essa semana. O diretor é um louco varrido. O compositor de várias músicas, um cara chamado Christopher Dedrick me conquistou com a trilha toda do filme. É um concurso, num bar em Winnipeg, no pós Iª guerra, para escolher aquela que seria a música mais triste do mundo. E músicos do mundo inteiro vão tentar arrebatar o prêmio de 25 mil dólares. E é claro, um dos personagens principais é um Cellista, representando a Sérvia. O diretor dá toda uma ambientação misturando o expressionismo com algo de surrealismo nas ações, nas expressões... tipo o cara tocando cello é completamente absurdo, me lembrou o que seria um picasso de um cellista, porque nem sempre a gente ouve a melodia e aí a imagem toma conta com uma bruta força. O que conta são as expressões faciais e corporais dele, tocando tudo errado, mas de um jeito tão exagerado, pra justificar um pouco do seu perfil "sensível-neurótico". O cara carrega consigo o coração do filho morto num pote de vidro com lágrimas choradas por ele. Tem que assistir, não dá pra explicar direito. É filme que não vai entrar no mercado.

Mas isso é pra dizer que quero tomar uma postura mais ativa aqui nesse blog quanto às minha idéias de músicas e composições. Então, já que estamos falando sobre música triste vou postar a linha de violão de uma das poucas músicas que já me fizeram chorar, há alguns anos. Mas acabei de gravar, e vou botar a letra aqui, pra quem quiser cantar junto. Tem uma introduçãozinha pra dar o momento da entrada da voz. Acho que a letra é do Toquinho, com um arranjo dele pra violão (como peguei de ouvido tá um pouquinho diferente).

Valsa para uma Menininha

Menininha do meu coração
Eu só quero você a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
Fique pequenininha na minha canção.
Senhorinha levada, batendo palminha,
Fingindo assustada do bicho-papão.

Menininha, que graça é você,
Uma coisinha assim, começando a viver.
Fique assim, meu amor, sem crescer,
Porque o mundo é ruim, é ruim, e você
Vai sofrer de repente uma desilusão
Porque a vida somente é seu bicho-papão.

Fique assim, fique assim, sempre assim
E se lembre de mim pelas coisas que eu dei.
E também não se esqueça de mim
Quando você souber, enfim,
De tudo que eu amei.

giovedì, ottobre 21, 2004

Ponto Inicial

Queria ver a vida como um conjunto de palavras, formando períodos, em seqüência frases, com pontos, dois pontos, reticências e pontos finais.

As vírgulas - cada respiro da fala - quem sabe aqueles minutos extras de preguiça numa manhã, ou um átimo de esquecimento.
Os pontos o fim do dia, as luas cheias. E o ponto final? Um xeque-mate? Férias na casa da Avó? Felicidade? Paz? Um tiro a queima roupa? Um não?
Os dois pontos poderiam ser um arco-íris depois de chuva.
As reticências, que sejam aquilo que a gente ainda espera que sejam.

Assim, leria um dia: "Não, não, não... Até que enfim: algo de belo que compense os estragos da vida."

,...:.

martedì, ottobre 12, 2004

Quando música ainda não é música

Acho que tá na hora de postar algo que eu esteja estudando. Até no sentido de fazer uma auto-avaliação futuramente. Se as pessoas soubessem como uma peça deve ser estudada até que saia música dali... (nesse sentido eu adoraria tocar - e pretendo em breve - em improvisação livre, como descrevo no post embaixo deste), eu nem faço direito e já me espanto, porque é nota por nota, afina, no tempo, corrige arco, compasso a compasso, fraseia, refaz, repensa, toca um milhão de vezes, tenta métodos diferentes, faz exercícios complementares, toca sempre mais devagar do que se imagina, levanta cotovelo, abaixa o pulso, divide o peso ente os dedos, vibra cada nota, não vibra nenhuma, vibra rápido, devagar, peso, tira peso, volta o arco, estuda a mudança de posição, ouve, ouve, ouve, canta, pisca o olho, suspira, pára uns 5 minutos, se espreguiça, quase desiste, acha que tá lindo, acha que tá uma merda, etc etc etc. Esse Brahms que tô estudando agora o segundo movimento é uma Sonata pra Cello e Piano. É uma música espantosamente linda. E, por mais que ela deva demorar mais um ano ainda pra ser tocada com um mínimo de decência, o aprendizado gerado ao longo do estudo é inimaginável. Este momento em que gravei mostra uma melodia bruta. Quase no mesmo sentido do material bruto em vídeo. Que deverá ser decupado, "esculpido". Mas já dá pra ter uma noção da melodia. Me cobro pacas, mas sou sensível e sinto prazer mesmo assim. Não vejo a hora de tocar isso com o piano. O trecho tem várias repetições mas eu passei reto pra diminuir o tamanho do arquivo.
Sonata nº1 - Trio

lunedì, ottobre 11, 2004

Quando Ruído é Música

Por definição, o ruído é uma sobreposição de diversas freqüências dissonantes. Numa nota tocada por um instrumento, basicamente existem a própria freqüência correspondente à nota, por exemplo um 110Hz, que é o Lá grave do contrabaixo. Tocada essa nota, ressoam os seus harmônicos, muitas vezes múltiplos entre si. O primeiro "nó" ocorre uma oitava acima, no Lá 220Hz. Depois vem uma quinta acima, que é um Mi 330Hz; sempre serão múltiplos da fundamental. Imagine que o ruído é uma freqüência de 1000Hz, somada a outras freqüências como 1002Hz, 1102Hz, 1577Hz, 1631Hz e mais algumas aleatórias.



Tudo isso pra falar da apresentação que assisti ontem na Casa do Eletricista, ao lado da Casa das Caldeiras. O grupo se chama Amálgama e nele tocam músicos extremamente criativos, dentre eles aquele que eu sempre vou chamar de professor, o Célio Barros. Sempre vieram uns nomes da minha cabeça tentando definir a música dos seus diversos grupos. Por exemplo: música espontânea, música instantânea... ele chama, com razão, de Improvisação Livre. Mas isso só diz respeito ao "modus operandi" da coisa, sem dar idéia do resultado musical. E ontem eu tive a sensação de ter ouvido uma das melhores apresentações do gênero. Disse pro Célio depois, acho que tem bastante a ver com a maneira como foram dispostos músicos e instrumentos.

Uma breve descrição visual: baixo elétrico e efeitos, e voz (não sei como o Célio faz harmônicos com a voz) / efeitos sonoros e voz / percussão, efeitos, pick up e coisas que eu não sei o nome / sax baixo / clarinete e efeitos / cada um disposto num canto da sala. Eu quase deitei próximo ao centro do espaço e aí tive a impressão de que tinha espaço pra todos nos meus ouvidos. Na consonância e no ruído. Foi quase terapêutico. Eram tantos sons que eu desconhecia e outros que eu achava que conhecia. Não dá pra gravar um pedaço e mostrar que não dá o efeito. Quando eles gravarem em sistema 7.1 ou 10.1, Aí talvez, mas mesmo assim o gostoso é ver que os caras estão montando a música ali, na hora, na sua frente, ou do seu lado.

Eu sempre me perguntei se ruído é música, etc e tal. E acho que encontrei uma resposta interessante. É uma pena que no site do célio www.celiobarros.com.br não tenha nenhuma faixa pra baixar. Mas acho que é por opção. No entanto, tem algumas faixas no cafemusic em mp3 ou outros tipos de streaming. Cuidado pra ouvir, que às vezes a música começa em silêncio.

domenica, ottobre 10, 2004

Silêncio

Silencio, até não restar pensamento. Silêncio, pra dormir melhor; se fosse possível, hibernar ou ao menos piscar os olhos em paz. Um minuto de silêncio. Não uma vida.

Mas talvez seja a minha dor de garganta querendo se expressar.

mercoledì, ottobre 06, 2004

Enquete

Gostaria de saber quais são as melodias preferidas das pessoas que vêm aqui. Por mim já passaram as queridas melodias do Milton em Certas Canções, do Vanzolini em Praça Clóvis, na voz da Mônica Salmaso a Tajapanema, do Careqa com o Arrigo e mais alguém o Eclipse em Meia Lua. Putz, tem tantas outras que nem sei mas queria saber de vocês. Qual é aquela que tem te deixado afundado no sofá? Qual é aquela que mexe com você de um jeito quase inexplicável? Qual é a sua preferida? Responde nos "comments".
Essa garota tem umas fotos muito interessantes. Se chama Ania Brzezik. Não sei de onde ela é. Encontrei no google. A galeria da qual ela faz parte é http://www.plener.wizja.net/index.htm

martedì, ottobre 05, 2004

Carmen com Filtro

Esses dias uma certa melodia ganhou o título de melodia mais linda do mundo pra mim. Ela já vinha cavando seu espaço quando ouvi ao vivo a Ópera Carmen na montagem da Carla Camuratti, quando antes ainda ouvi no disco do Paulo Freire, só na viola caipira e percussão, depois ouvi no disco da peça de teatro "Carmen com Filtro", talvez com a direção do Gerald Thomas? em 1986. Mas a trilha é do Morelenbaun, arranjos dele em cima das músicas originais da ópera, mas só com violoncelo e Moog (aquele teclado que foi bastante usado na década de 70 e no começo dos anos 80). E sábado passado no show do Carlos Careqa, na participação do Edson Cordeiro, que foi a gota d´água (acho que o arranjo dele, só com acompanhamento de violão, já é antigo). É claro, as melodias vão alternando seus postos, mas têm algumas que estão sempre no alto. Essa é uma delas. Aliás, essa ópera inteira tem melodias que me fazem o coração vir parar perto da goela. Vou postar a versão do Morelenbaun, que é aquela que menos gente deve conhecer e que é muito linda... originalmente os violinos fazem essa melodia, nas Suítes. Tocamos inclusive no repertório do mês passado, na Orquestra Jovem. O trecho é conhecido como "Seguidilha"

sabato, ottobre 02, 2004

Ponta Negra

Em tempos como esse em que na minha lousa que comprei há um ano eu escrevia bom dia e lembretes de compromissos e hoje está escrito (há uns 2 meses): PAGTOS - Sil / Vitor / Ipva / Seguro / Cartão / Aluguel - tudo com as respectivas datas de vencimento e valores, ficam ainda mais gritantes todas as coisas que quero fazer que demandam $$. Me lembro da última viagem à Ponta Negra, tinha acabado de receber de um trampo e reservei uma porcentagem pra esse fim. Bom, nessas horas, é contar com os amigos que te arranjam ingressos pra assistir coisas boas, como o show do Carlos Careqa e o Philips Music Festival (esse cara chamado Manecas Costa e a banda dele são fantásticos... desde o Fela Kuti não assisto show tão animado). Mas voltando à Ponta Negra (...quem me dera...), quem já foi vai gostar desse post. Ponta Negra têm uns personagens: os cachorros, as crianças, o Lelei, entre outros. Das crianças acho que todos conhecem a Tuani. Menina especial essa, muito sucinta ao falar, como quase todos de lá. Eu tinha levado o MD pra gravar uns sons pra alguns trabalhos e gravei alguns extras também. Entre eles o som dessas fotos, que tiramos antes de ir pra cachoeira. Saudades...

Clique aqui pra ouvir


lunedì, settembre 27, 2004

Sonhos

Acho que todo mundo já sonhou com música. É dífícil de acontecer comigo. A penúltima vez foi há mais de um ano, em que uma banda enlouquecida tocava numa balada escura. O som lembrava o Arrigo Barnabé no Clara Crocodilo (clique pra ouvir um pedacinho), misturado com a Scrutinizer, (clique pra ir pro site deles) que toca Frank Zappa. Música initerrupta e densa, pra caracterizar mais fielmente, mas numa balada, com pessoas em movimento. Nada de teatro. E o palco era no alto, quase que uma passarela técnica.

E a última vez foi na semana passada. Uma rádio de rock, tipo Brasil2000 fazia um festival de bandas, que competiam entre si com músicas, pra serem votadas pelo público. Dentre essas bandas tinha a dos meus amigos, Bel, Sil, Pedrinho e Pipo, com o nome original ligeiramente alterado pra Transporte-K. E a música lembrava o som do Cardigans, mas com a voz do cara do Cake, cantando em inglês. Vou gravar mais ou menos o pedacinho que consegui guardar na cabeça, que seria talvez um refrão.

música do sonho

Mosteiro de São Bento

Hoje fui assistir um amigo que solou Vivaldi ao violão acompanhado de uma camerata (pequena orquestra de cordas). O conheci no Festival de Música de Ourinhos, em julho. Tenho intenção de realizar um trabalho com ele, que seria o duo de cello e violão. O interessante é que o concerto foi hoje, segunda feira, ao meio dia e estava lotado. E eu procurando as justificativas, a cada último domingo de todo mês, quando toco com a orquestra jovem, pra nenhum amigo aparecer. As famílias em geral vão, mas é a mesma coisa com quase todos os instrumentistas. As pessoas dizem que vão, aí depois fica muito cedo. 11:00 da manhã é um horário incoveniente pra quem tem só um dia especial pro descanso eterno. E não é uma crítica pontual, é mais uma constatação. Talvez eu também não fosse, porque sempre tem balada no sábado à noite e aí o corpo pede arrego. E olha que eu tenho que estar lá no São Pedro às 9:00, engravatado e afinado... acordar domingo às 8:00 é uma experiência única, de ver São Paulo suspirando, se espreguiçando e te dizendo bom dia.

Semana que vem tem um trio para piano, violino e cello, com Raiff Dantas no cello lá no Mosteiro. Hoje pensei duas, três vezes, mas é um chute na nossa rotina e vale a pena, se não se tem compromisso ou trabalho, pegar um metrô e passar por lá. Além de ser linda a Igreja e, chegando cinco minutos mais cedo, dá pra ver o final da missa.

sabato, settembre 25, 2004

Sem Título

Não sei se é fase, espero que não. Ando contactando pessoas. Ontem fui mostrar umas músicas novas e velhas pra Amanda Acosta, amiga atriz e cantora e mostrei Nexo do Sexo. Há tanto tempo não tocava e deu um gosto bom na boca. Não esqueci um acorde, mas ela disse que não entendia a letra porque eu cantava muito pra dentro. Aí dei uma espreguiçada na voz e saiu melhor. Mesmo assim ficou claro que tenho problemas com meu trabalho. Com o jeito de mostrar e de confiar nas coisas que crio. Como se, seguindo o exemplo da voz, eu "escondesse" as músicas. Meu maior desejo é que todo mundo ouça, então um caminho é postar aqui. Vou também escrever a letra, que é fantástica, do Pedro Abramovay e Matias Mariani.

Acho que numa das épocas mais divertidas da minha vida eu compunha coisas mais alegres. Foi inevitável, escrevendo um semanário como esse, que eu fuçasse em coisas antigas. Velhas animações toscas feitas em sulfite e escaneadas uma a uma, músicas e mais músicas, textos entre outras coisas, todas em CD. Nexo do Sexo é uma música que tocamos, nessa formação, com a Lígia Casella na voz, o Pablão, que toca comigo até hoje, no violão de aço (acho que ele nunca mais pegou nesse violão), a guitarra de veludo do Adriano, Totó na batera, num daqueles retornos à música, o louco do Lelo Papã na percussão e eu no baixo. A banda se chamava Salivadela, depois virou Maria Beltrana. Mais tarde, sem a Lígia, mas com Halei Rembrandt na voz, a banda se chamou (essa pouca gente lembra) Pé de Cachimbo.

Pra não perder o bonde, tinha uma música, com letra da Lígia, que compus pensando naquele disco do Fagner em que ele canta uns Flamencos, acho que se chama "Traduzir-se", o disco. Tinha esquecido completamente da existência da música. Quero arranjá-la melhor e chamar a Lígia pra cantar, se ela quiser. Na gravação de referência são meus os violões. Na letra da Lígia o título dizia
"Além da Beira d´Água".

Nexo do Sexo

Cavidade ávida de vida
Vem velada em negro véu vistoso
Envolve a dádiva divina
Vinda do pétreo poço por entre gozos

Pétreo portador de proto-pessoas
Vidas e não vidas virtuais
Possibilidades e nada mais
que vãs combinações a toa

Mas se a vida do prazer provém
Provem desse fruto permitido
Pelo qual o próprio ser é concebido
E ao jorrar o bojo de sua jóia diga amém

Amem, amem, amem, amem
Esguia, enguia, és guia
Da extrema sensação não sensata
Ao teu sibilo tudo silencia
Silenciosamente cada nó desatas

Portal, pirâmide inversa,
Em todo prazer está imersa
Única possuidora do porvir
Puta dona do meu rir

martedì, settembre 21, 2004

Insuficiência Cardíaca

Minha cachorra não descansa mais. Sim, ela é feliz, como não haveria de ser, sendo tão bem cuidada?
Mas sabe, assim, pra perceber angústia num cão a gente tem que sentir e é um tanto triste, mesmo com a catástrofe no Haiti.
É como um pedido delicado de socorro, já que o pedido desesperado só virá próximo à morte.
Minha mãe disse pra eu não ficar neurótico. Compreendo perfeitamente as vantagens duma postura mais fria. Na verdade alterno as duas... cheguei a refletir sobre uma possível visão mais budista desse assunto, mas escolhi o oposto.
Assim, mergulhei meio fundo demais e agora falta ar pra voltar.
Faz uns dias, disse num e-mail pra Silvia que às vezes queria que ela morresse logo, pra ela descansar finalmente, e eu também.

Pra dar uma descontraída vou postar um trechinho em vídeo do meu ecocardiograma, exame que fiz, na verdade, pra ser projetado num estande da Sociedade Brasileira de Cardiologia faz quase dois anos.
Acredito que meu coração ainda esteja saudável.

Obs: uma dica, se não baixar clicando normalmente, é clicar com o botão direito do mouse e "save link as" ou "salvar destino como", qualquer opção em que ele salve o arquivo no HD. Aí é só abrir.

ecocardiograma

As Costas das Páginas

As costas das páginas foram feitas pra sentir coceira do lápis. O subaproveitamento da folha de papel se deve, em muito, a este desperdício. É claro, existem aqueles surtos de loucura em que as impressoras traçam duas linhas de hieróglifos indecifráveis e cospem fora a folha, como chiclete azedo. Nos escritórios viram folhas de rascunho, é vero, mas nos velhos caderflex, de folhas finas, e nos cadernos de música, de folhas pautadas, meus velhos companheiros ainda têm muito espaço pra guardar estórias. Lembram daquele último verso da letra do Toquinho, sobre o caderno? "...não me esqueça num canto qualquer", pois sim: revirem suas velharias, se ainda existirem. Economizem a energia das fotocopiadoras e computadores. Acariciem suas costas com versos, conversas, desenhos, desvarios, rascunhos, recados de ligações telefônicas, apague ou rasure tudo depois, se quiser, com borracha ou lápis, mas faça uso, não enfeite.



Microfone e Melodia

Hoje comprei um microfone e um pedestal. É um Le Son daqueles modelos mais interessantes, que eles chamam de profissional. Quebra um galho pra fazer vocal nos shows da Feira, entre outras coisas. Mas a minha intenção mesmo é usar pra gravar minhas referências de cello, violão e outros instrumentos. Antes eu pedia emprestado. É claro que pra qualquer gravação profissional tem que ir pra estúdio. Mas estou feliz com o mic. Fiquei tentando gravar uma melodia triste que me apareceu hoje. Chamei-a de Melodia Triste. É só um pedaço e, apesar da minha empolgação com o microfone novo, gravei umas 40 vezes e todas ficaram ruins. Quer dizer, gosto da melodia. É questão de amadurecer a interpretação. Demora uns dias pra coisa sair. É engraçado, às vezes é questão de deixar a música relaxar, descansar. Mesmo assim, quando a gente grava tudo transparece mais e aí não tem salvação. Vou postar a melodia porque afinal de contas não quero ter passado esse tempo em vão. Tô estudando, pô. Mas já tô vendo que essa melodia vai entrar pro repertório que um dia tocarei acompanhado de violão. Incluindo aquele Piazzola "Café 1930", da história do tango.

Melodia Triste

venerdì, settembre 17, 2004

Vinheta

Faz algumas semanas meu pai me pediu pra fazer uma vinheta pro site novo do Espaço Cenográfico. Tive uma idéia de usar o cello com percussão, uma coisa meio bruta de início, que remete à construção, à montagem dos cenários dele e que culmina num mantra, coisa que ele gosta bastante de ouvir no dia a dia e que diz respeito ao cenário pronto, ao prazer da coisa pronta. Enfim, meio viagem também, mas o interessante é que essa vinheta dá uma idéia do que eu gostaria de criar, mas a longo prazo, pra um grupo de dança. Acho que daria um belo trabalho. Fica a idéia marcada aqui, espero que vingue um dia.

Legal dizer também que fui até o Pablão, sem a melodia gravada, nem de referência e dei a contagem pra ele gravar a conga sozinho, e os efeitos na seqüência. Gravei o cello aqui no escritório no dia seguinte e deu certo. Só que infelizmente as caixinhas de som de computador em geral são de baixíssima qualidade e estouram o som ou não o reproduzem com a menor fidelidade. Faço aqui uma recomendação pra que todos pluguem suas máquinas em aparelho de som comum ou então comprem dessas caixinhas novas, tipo Harmann Kardon, ou aquelas que vem com subwoofer. Fone de ouvido também é uma boa pedida.

Clique aqui pra ouvir a vinheta completa. O site (com a vinheta incompleta) é www.espacocenografico.com.br e vale a visita.

mercoledì, settembre 15, 2004

O Mar

Já que batizei esse blog de Sonar acho que deveria ambientar sonoramente esse lugar. Não me lembro se em 99 ou 2000, fui à praia do Curral, em Ilhabela, na casa do Antônio. Levei minha câmera velha e fui um dia antes da galera pra gravar umas coisas e conversar com a câmera. Numa dessas gravei esse som maravilhoso que vale a pena ser ouvido e reouvido. Estava pensando que, quando ainda não existia vida na Terra o mar já existia. Esse deve ser um dos sons mais antigos do nosso planeta. Encontrei uma foto do Curral no google mas não diz de quem é. Engraçado que na foto o mar está extremamente calmo; na gravação não. Coisas da natureza.


Pode clicar no link abaixo pra ouvir o som.

ondas

lunedì, settembre 13, 2004

Preparativos

Ainda estou pesquisando a melhor maneira de fazer isso, mas quero postar coisas minhas: trechos de músicas, melodias, documentos e idéias sonoras, sons e sussurros. Pra isso tenho que procurar um lugar decente pra deixar de link pros mp3. O grande problema é ter um host que me dê espaço suficiente e que permita um número de acessos decente. Se alguém tiver dicas ou idéias ou já tiver visto algo parecido, por favor me dê um toque, ok? Obrigado!

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